31 julho 2011

esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir


(Paulo Leminski)

25 junho 2011

Já há uns nem sei quantos dias sem tarjas pretas.
Estava adoecendo de tanta saudade de mim.
Ainda há muito - e sempre haverá - o que equilibrar e escancarar porque essa busca é o som, a cor e o sabor de fazer parte dessa massa mas de não ser apenas uma parte.
Está claro que a metade dos meus problemas não são meus e a metade que me cabe, tão somente me cabe!
Não sobra, não fede, nem solta as tiras.
É a bagagem que carrego, junto e/ou largo pelo caminho.
O termo e/ou a grafia "e/ou" é uma ótima ferramenta de expressão quando se quer abir fendas, vácuos e encruzas no pensar e no agir.
Eu prefiro ser essa metaformosa saltitante!

18 junho 2011

Tô de alta.
Posso voar e dar rasantes sem "me perderem" nos loopings.
Tô de lua.
Posso encher ou minguar meus "quartos" ou mandar tudo para os quintos!
Tô de boa.
Venho à tona.
Me entrego.
E viro eu.