12 abril 2011

Eu falo muito. 
Sempre tenho o que dizer, desde que não seja pressionada, por exemplo, com ligações telefônicas demoradas.
Aliás, detesto telefonemas, prefiro os torpedos, recados e emails.
São mais simpáticos, deveras democráticos e menos invasivos.
Sim, eu falo muito.
Aliás, adoro falar para quem precisa ouvir.
Mas também sei ouvir, quando necessário e útil ao interlocutor.
Contudo, não me peça atenção para ouvir histórias, cursos, palestras  e/ou conversas longas onde o final só é revelado ...'no final' .
Ou tão óbvio desde o início que dispensa todo aquele blá blá blá.
Claro que o todo, o corpo da coisa toda, me interessa.
Porém, é fundamental saber o gran finale já nos primeiros acordes.
Caso contrário, minha atenção se volta para a nuvem que passa em forma de joanete ou para o vôo manco de algum inseto indesejável.
E bem assim desligo do presente e entro no modo mata escura onde acontecem inimagináveis brainstormings, muito úteis pra fazer um update na minha santa paciência.
Santa paciência, esta, que dedico naturalmente ao meu trabalho e tudo que nele orbita.
No mais, seria demais.

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