12 abril 2011

Só comi arraia uma única vez.
E adorei!
Foi na Ilha das Peças.
Foi a prima Rosina quem fez o maravilhoso guisadinho, mesmo jurando não comer nem sob tortura.
Segunda ela e todos da ilha, é um alimento muito 'remoso', ou seja, ruim e pergioso para quem tem/está com feridas abertas pelo corpo.
Entendi ser um anticicatrizante.
Enfim, foi outro primo nos deu o pedaço nobre da arraia já que o resto todo é venenoso.
Aliás, na referida ilha, todos somos primos, por parte de meu pai.
Resumo da ópera: ontem à noite ganhamos da vizinha uma arraia fresquinha, recém chegada do litoral.
Ui...não sei o que é maior: a preguiça de fazer ou a delícia de comer.
Mesmo um tanto contrariada, salguei a dita hoje cedo mas não tenho uma faca afiada para cortar em diminutos pedaços que tal iguaria requer.
Irritada, claro, pensei em todas as possibilidades:
- Devolver o presente, seria tamanha ofensa;
- Jogar fora, é totalmente contra o que penso sobre a fome mundial;
- E meu repúdio à matança indevida de seres vivos para alimentar a soberba humana?
Portanto, lá está ela, salgada e empacotada, na geladeira.
Se ao menos eu tivesse uma puta de uma faca afiada...
Quase não uso, quase não faço carnes porque quase não como bicho.
E de quase em quase, estou quase surtando com o derredor deste quase meio dia com toda a tribo ainda em sono profundo.
Como podem dormir tanto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui e seu comentário será publicado em breve. Valeu!!!